segunda-feira, maio 31, 2010

TESOURO DE BRESA

Eu não sei voçês mas eu gosto muito de metaforas, e gostaria de lhes apresentar uma das minhas favoritas, e espero que ela lhes inspirem como me inspirou.
Houve outrora, na Babilônia, um pobre e modesto alfaiate chamado Enedim, homem inteligente e trabalhador, que não perdia a esperança de vir a ser riquíssimo. Como e onde, no entanto, encontrar um tesouro fabuloso e tornar-se, assim, rico e poderoso? Um dia, parou na porta de sua humilde casa um velho mercador da Fenícia, que vendia uma infinidade de objetos extravagantes. Por curiosidade, Enedim começou a examinar as bugigangas oferecidas, quando descobriu, entre elas, uma espécie de livro de muitas folhas, onde se viam caracteres estranhos e desconhecidos. Era uma preciosidade aquele livro, afirmava o mercador, e custava apenas três dinares.
Era muito dinheiro para o pobre alfaiate, razão pela qual o mercador concordou em vender-lhe o livro por apenas dois dinares.
Logo que ficou sozinho, Enedim tratou de examinar, sem demora, o bem que havia adquirido. E qual não foi sua surpresa quando conseguiu decifrar, na primeira página, a seguinte legenda: "O segredo do tesouro de Bresa." Que tesouro seria esse? Enedim recordava vagamente de já ter ouvido qualquer referência a ele, mas não se lembrava onde, nem quando. Mais adiante decifrou: "O tesouro de Bresa, enterrado pelo gênio do mesmo nome entre as montanhas do Harbatol, foi ali esquecido, e ali se acha ainda, até que algum homem esforçado venha encontrá-lo." Muito interessado, o esforçado tecelão dispôs-se a decifrar todas as páginas daquele livro, para apoderar-se de tão fabuloso tesouro. Mas, as primeiras páginas eram escritas em caracteres de vários povos, o que fez com que Enedim estudasse os hieróglifos egípcios, a língua dos gregos, os dialetos persas e o idioma dos judeus. Em função disso, ao final de três anos Enedim deixava a profissão de alfaiate e passava a ser o intérprete do rei, pois não havia na região ninguém que soubesse tantos idiomas estrangeiros.
Passou a ganhar muito mais e a viver em uma confortável casa.
Continuando a ler o livro, encontrou várias páginas cheias de cálculos, números e figuras. Para entender o que lia, estudou matemática com os calculistas da cidade e, em pouco tempo, tornou-se grande conhecedor das transformações aritméticas. Graças aos novos conhecimentos, calculou, desenhou e construiu uma grande ponte sobre o rio Eufrates, o que fez com que o rei o nomeasse prefeito.
Ainda por força da leitura do livro, Enedim estudou profundamente as leis e princípios religiosos de seu país, sendo nomeado primeiro-ministro daquele reino, em decorrência de seu vasto conhecimento.
Passou a viver em suntuoso palácio e recebia visitas dos príncipes mais ricos e poderosos do mundo.
Graças ao seu trabalho e ao seu conhecimento, o reino progrediu rapidamente, trazendo riquezas e alegria para todo seu povo.
No entanto, ainda não conhecia o segredo de Bresa, apesar de ter lido e relido todas as páginas do livro.
Certa vez, então, teve a oportunidade de questionar um venerando sacerdote a respeito daquele mistério, que sorrindo esclareceu:
- O tesouro de Bresa já está em seu poder, pois graças ao livro você adquiriu grande saber, que lhe proporcionou os invejáveis bens que possui. Afinal, Bresa significa "saber"...
Com estudo e trabalho pode o homem conquistar tesouros inimagináveis. O tesouro de Bresa é o saber, que qualquer homem esforçado pode alcançar, por meio dos bons livros, que possibilitam "tesouros encantados" àqueles que se dedicam aos estudos com amor e tenacidade.

domingo, maio 30, 2010

EVANGELHO = RESSOCIALIZAÇÃO

Atualmente tem se notado um grande aumento da criminalidade, observa-se um maior índice
da violencia e do roubo devido ao crescente uso de entorpecentes. Sabe-se ,contudo,que a
pena privativa de liberdade não tem sido o suficiente para inibir o aumento do uso de drogas
e a criminalidade pois as instituições carcerarias por si só não são capaz de ressocializar os
detentos devido aos graves problemas de super lotação, falta de privacidade na hora das
necessidades fisiologicas, sujeira, mofo, privadas imundas, mau cheiro, umidades, baratas, ratos, sacos e roupas penduradas por todo lado.
As condições minimas de proteção e conforto oferecidas pelos presidios so traz a incerteza em relação ao futuro, uma instituição que não tem caráter socializador, mas punitivo. É em meio a esse caos e com grandes dificuldades politicas,tecnicas e sociais a religião (o cristianismo puro e simples) produz resultados significativos, proporcionando ao preso condições de reentegração social.
Através de reuniões onde se fala do evangelho de Cristo observou-se que a violencia é percebida de forma diferente entre os detentos crentes e os não-crentes. Entre os não-crentes a violencia fisica é o recurso mais utilizado para resolver os problemas internos, entretanto para os crentes a violencia só é utilizada em ultimo caso.
A assistencia religiosa (culto) realizada duas vezes por mês os detentos que paticipam
das reuniões tem um comportamento notadamente melhor que os demais apenados. A prática religiosa tem contribuido significativamente na mudança disciplinar dos presos no que tange comportamento, atitude, abandono de vicios, tendo também uma mudança positiva no relacionamento com os funcionarios da instituição carceraria, apesar de não haver mudança no relacionamento com os presos não crentes devido à descriminação, criticas e zombarias.
Foi ressaltado também que apenados crentes passam à se relacionar mais afetivamente com os familiares mesmo os que por um motivo ou outro não mais se relacionavam com a familia.
O evangelho não só muda a mentalidade dos detentos,como tornou-se instrumento de conexão entre os detentos e o mundo social, atuando como transmissor de valores morais que enfatizam a ética,o bom comportamento e as relações humanas,trazendo ao detento a oportunidade de uma nova vida espiritual e social, dentro e fora do presidio,tornado-o utíl
a sí mesmo,a sua familia e a sociedade.